domingo, 10 de novembro de 2013

Considerações nostálgicas de final de período acadêmico (N. 1.).


            Ouve uma música, chama o amigo, bebe outro gole. Clama pelo novo. Quer seja a canela adicionada ao café com leite, quer seja a maneira inovadora de partir o cabelo como tentativa de moldar o rosto largo. Expressivo por si só, sem marcas temporais claramente visíveis. Novas maneiras de explorar o tempo disponível. Como o ato de ir sozinha satisfazer a um capricho. Banhar o corpo, hidratá-lo, vestir o escudo para se poupar do sol, vestir a roupa preferida, auto modificada. Caminhar ao sol, sem o segundo escudo, refletindo sobre quem é obrigado a se expor a ele para garantir seu sustento. Sobre a determinação das pessoas que fazem as coisas nutrindo compromisso e inspirando os aprendizes a fazê-lo sem hesitação. Sobre quem não hesita em conduzir a carroça, acompanhado pela família. Sobre quem não pensa, o faz. Sobre quem não poupa esforços.
            Começou a lembrar também dos muitos rostos de quem desvia olhar e dos outros tantos que não. De quem estamos querendo fugir quando desviamos o rosto da feição bondosa daqueles que compartilham o mundo conosco? E quando a fuga é proposital, quando já fizemos tudo o que podíamos? O que nos resta? Resta-nos o resquício diurno, o apelo ao irreal. Será a camuflagem da saudade? Será a exigência por justiça, por consideração? Tenho te encontrado com frequência num ambiente onde nenhuma consequência seleciona o palpável. Até neste ambiente, encontro pessoas que te dizem respeito. Que não fingem empatia, que são reflexos da realidade. Espero eu, que a inquietação não cause dano, que o falso desprezo não se faça plausível. Queria que nossas íris não fossem inimigas, queria que todo esse orgulho fosse mero charme.

            Esse querer tanto me é caro. Ainda bem que tenho muitas reservas, que nesse caso são experiências onde tua matéria estava presente. Onde não existia o instituído, além do criado por nós. Como foi boa essa crença no falso. Até hoje me deleito com seus efeitos indiretos. Como essa escrita. Pena não haver dicionário online onde tu procures o significado de toda essa conversa. Pena você não ter mais acesso à fonte. Pena. Pena...